A pesquisa revelou que estudantes de 14 a 16 anos têm renda mensal média de R$ 860 e enfrentam obstáculos em seus estudos devido à renda familiar.
Segundo pesquisa do Datafolha, realizada em parceria com o movimento Todos Pela Educação e publicada nesta quinta-feira (4), a maioria dos jovens na faixa etária de 14 a 16 anos planeja conciliar estudo e trabalho durante o ensino médio.
Esse dado revela uma tendência cada vez mais comum entre os adolescentes e estudantes brasileiros, que buscam ampliar suas experiências e oportunidades desde cedo. É importante incentivar a dedicação dos jovens às suas atividades acadêmicas e profissionais, preparando-os para os desafios futuros.
Jovens buscam por melhores perspectivas de renda, revela pesquisa
A pesquisa foi realizada de forma presencial entre janeiro e fevereiro deste ano e ouviu 462 pessoas de escolas públicas e privadas, em todas as regiões do país. Os resultados apontam que jovens, especialmente adolescentes e estudantes, estão em busca de melhores oportunidades de renda.
Quando são considerados apenas estudantes de escolas públicas, esse número vai para 74%. Já para os estudantes de escolas particulares, o índice cai para 55%. Isso evidencia a preocupação dos jovens, em diferentes contextos educacionais, com sua futura renda mensal.
Renda familiar influencia nas expectativas dos jovens
A expectativa salarial média do grupo é de R$ 860, mas esse valor varia conforme a renda familiar e com o gênero. Jovens com renda familiar mensal de até dois salários mínimos têm a expectativa de renda mensal de R$760. Esses dados ressaltam a importância da renda familiar na construção das perspectivas de renda dos jovens.
Aspectos de gênero também influenciam as expectativas
Já em relação ao gênero, homens esperam receber, em média, R$ 908, e as mulheres, R$ 806. Essa diferença de expectativas salariais entre homens e mulheres entre os jovens merece atenção e reflexão sobre questões de igualdade de gênero.
Obstáculos de estudos impactam a jornada educacional dos jovens
A pesquisa também revela os obstáculos de estudos em tempo integral, ou seja, quando o aluno fica ao menos sete horas por dia na instituição. Dos ouvidos, 33% não estudam em tempo integral por questões relacionadas ao trabalho. Desses, 20% trabalham para ter independência financeira e 13% para ajudar a família financeiramente.
Segundo dados do Censo Escolar 2023, 20,4% dos estudantes do Ensino Médio estavam em escolas de tempo integral no Brasil. Esses números refletem os desafios enfrentados pelos jovens na busca por uma formação educacional mais completa.
Fonte: © CNN Brasil
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